Possibilidade de Seca Verde deixa agricultores preocupados

quarta-feira, 18 de abril de 2007 | Published in | 0 comentários

No início deste ano, devido as boas chuvas registradas no mês de fevereiro, os trabalhadores rurais esperavam por um inverno promissor. Porém, a partir do mês de março, as chuvas diminuíram consideravelmente, gerando uma certa preocupação, por parte dos mesmos. Só para se ter uma idéia, de acordo com os números da FUNCEME, enquanto em fevereiro choveu 107,5 mm, durante todo o mês de março, choveu apenas 83,8 mm. Se este número, for comparado ao dos anos anteriores, o contraste se torna ainda mais visível. Neste mês de abril, as chuvas voltaram a cair, com uma maior freqüência, o que deixa o “homem do campo” esperançoso, entretanto, ainda não é suficiente para garantir um bom inverno, mas, representa um grande avanço. A irregularidade na distribuição das chuvas está prejudicando a agricultura familiar, parte da safra está comprometida. Em algumas localidades de Paramoti chove bem, já em outras, as precipitações chuvosas são bem abaixo da média prevista. Além disso, existe uma alternância entre dias chuvosos e dias de estiagem, o que interfere diretamente no crescimento e desenvolvimento da produção agrícola. Se a safra não for boa, consequentemente, haverá a necessidade de se importar produtos de outros centros regionais. Um exemplo bem conhecido, é o feijão. Caso haja a perda da produção, os custos serão mais altos, devido aos gastos com transporte, tornando o preço do produto mais elevado, atingindo à todos os consumidores paramotienses. Vale lembrar ainda, o impacto social que a Seca Verde pode representar. Muitos agricultores vendem sua produção aos pequenos e médios comerciantes, garantindo assim, um complemento na renda familiar. O milho, principal produto vendido pelos produtores, tem grande importância econômica no município. Já a produção do feijão, é voltada principalmente para a agricultura de subsistência. Muitos trabalhadores da agricultura, aderiram ao Programa Seguro Safra, que garante uma renda às famílias atingidas, como forma de compensação, em caso de confirmação das perdas provocadas pela estiagem.